quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Meus prazeres: dormir

Sono.

Um dos prazeres que tenho na vida é dormir. Não basta simplesmente dormir, devo dormir bem. Durmo melhor quando durmo em casa, quando tenho dois travesseiros e um lençol para cobrir os olhos. Sou adepto da idéia de que qualidade supera quantidade. É durante o sono que sedimentamos o conhecimento que absorvemos durante o período em que estivemos acordados, sabiam? Há a questão do tempo de sono também. Já percebi que, de modo geral, oito horas de sono não são suficientes para que me reestabeleça completamente, para isso são necessárias dez horas, mais ou menos, mas atingir essa meta tem tornado-se uma tarefa difícil de ser cumprida. Falando em tempo, lembrei das aulas de física na escola, onde ouvi que ele é relativo. Também lembram disso? Pois bem, além das questões que cabem à física, o tempo é psicologicamente relativo, ao menos é o que me parece: o dia era tão mais longo quando eu era criança, agora não parece ser tanto assim. E quando espero o tempo passar? Minhanossa! Aí ele resolve me sacanear e caminha a passos curtos! Pior é quando eu não quero que ele passe tão rápido, é quando ele é mais cruel: ele voa!

Continuando o assunto sobre o sono e o tempo - na verdade, no início eu pretendia escrever somente sobre o sono, mas... - , li ontem algo sobre uma experiência que tem a ver com o tema. Segue um trecho:

[...]

Durante quatro meses, de 13 de janeiro a 22 de maio de 1989, Stefania Follini esteve fora do tempo. A projetista de interiores italiana de 27 anos de idade não viu o sol nascer nem se pôr, não sentiu a temperatura aumentar e diminuir diariamente, não testemunhou a mudança das estações, não consultou o calendário, nem o relógio. Stefania ficou morando no fundo da terra, em uma caverna perto de Carlsbad, no estado do Novo México [EUA], em um módulo de fibra de vidro de 6 por 4 metros. Dentro, a temperatura era mantida sempre a 20,5 graus Celsius e a luz artificial podia ser diminuída, mas não apagada. Tendo um computador como único meio de comunicação com os cientistas que a estavam monitorando, Stefania foi uma cobaia humana em uma experiência concebida para estudar os efeitos mentais e físicos de isolar-se de toda referência temporal.

Sem meios para medir as horas e os dias, Stefania perdeu toda noção de tempo. Em vez de seguir um ciclo de 24 horas de vigília e sono, ela começou a esticar cada vez mais seu "dia" para 25 horas, depois para 28, e finalmente para 44 horas. Às vezes, ela permanecia ativa por até trinta horas; em outras ocasiões, chegava a dormir 24 horas seguidas. Em conseqüência, quando a experiência chegou ao fim e ela finalmente saiu de sua casa subterrânea para o brilhante sol do Novo México, Stefania supôs que permanecera debaixo da terra por dois meses. Na verdade, haviam se passado 130 dias.

[...]


Dormir 24 horas seguidas! Essa proeza eu não consegui ainda. Manter-me acordado por 30 horas consecutivas também não! O máximo que arrisquei foram 27 horas sem dormir: precisava entregar um trabalho na faculdade. Não recomendo a ninguém tentar fazer isso.

Acho que por hoje é só. Bom sono a todos!

PS.: o texto sobre a experiência que comentei aqui pode ser encontrado no livro Tempo e Espaço. Não tenho agora os dados do autor, perdoem-me.

3 comentários:

Flávia disse...

Pos muito bom!
Eu também adoro, adoro dormir, acordar e depois dormir de novo...
To aproveitando a crise de conjuntivite para para dormir muito!!! :)

Flávia disse...

Post! :)

Avati disse...

Dormir é básico, fundamental e irrevogável direito humano...rs
Eu curto, e muito, não é pouco, não.
Descobri, recentemente, que eu só durmo profundamente se estiver com alguém. Acho que eu não consigo dormir sozinho, não dormir bem. Às vezes, durmo dez horas e acordo cansado. Quando namorava, poxa, dormia uma hora e acordava novo em folha.
Acho que eu tenho medo de ficar sozinho, até quando durmo...rs