Ela usava uma fantasia de fada, com direito a asas de papel celofane e varinha de condão. Tinha os olhos pequeninos, o sorriso de menina, a voz macia, as pernas de bailarina, a conversa interessante. Foi suficiente para o encanto. Ela encantou-o. Ele ficou feliz, nem podia conte-se, contou para o amigo, e de tanto que falou para o amigo, o amigo quis ver de perto e também foi encantado. E como podiam os dois amigos disputar o coração da formosa dama? Não podiam, não como amigos, então deixaram de ser. A menina-fada ficou confusa, e no meio da confusão surgiu, como do éter, um tal sujeito misterioso, estreando na história, que tomou fácil seu coração.
Das últimas notícias que tive, a bela fada e o senhor mistério seguiam felizes, e os dois amigos, que já não são amigos, um quase afogou-se em arrependimento, o outro continuava encantando-se de vez em quando por aí, mas não contava mais para ninguém.
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4 comentários:
E quem pode negar que isso aconteça quase todo dia?
Apesar de triste essa história é bem legal! :)
Ops...sou eu aqui a Lara
http://lardalara.blogspot.com/
Ultimamente tenho procurado mais finais felizes...
Pq ficou tanto tempo sem postar nada?
Gosto muito do seu blog e vez por outra passo por aqui.
Me alegra ler esses textos.
Apesar de vez ou outra me deparar com essas histórias tristes.
O meu preferido ainda é o : "sumi"
Bjos e continue escrevendo.
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